Em uma noite que celebrou o reencontro das principais lideranças da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ofereceu aos profissionais presentes à abertura do 14º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, nesta semana, a oportunidade de conhecer o andamento das cinco Rotas de Integração Sul-Americana, planejadas pelo novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Se o local escolhido para a palestra magna do evento, em uma obra de arte da recente engenharia brasiliense, o estádio Mané Garrincha, já representava o reencontro dos profissionais com suas criações, a temática da palestra magna do evento acabou possibilitando vislumbrar não apenas os novos projetos que tanto despertam o interesse de todos os profissionais do Sistema, mas possibilitou até mesmo despertar ou reencontrar um sentimento de integração com os nossos vizinhos sul-americanos. Com bastante carisma, a ministra buscou sistematizar um conjunto de atividades que envolvem nada menos do que 190 projetos, a grande parte já em andamento, e que proporcionarão a integração econômica de diversos estados do país com os principais corredores de produção e de exportação do país e do continente sul-americano. “Não é uma palestra magna, magno é o evento, a partir do título: conectando lideranças que geram soluções. Sou uma pessoa de diálogo. E tudo o que o Brasil precisa é de união. E o Brasil precisa de vocês. A solução dos problemas do Brasil não está só na classe política, mas na atuação de todos nós. Vocês são os construtores do Brasil, no campo ou na cidade. Vocês são o PIB do Brasil“, considerou Tebet, sob o aplauso dos espectadores.
Sonho e realidade
“Projetando caminhos para o futuro do Brasil“, o slogan da 80ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), lançada pouco antes pelo presidente do Confea, Engº de Comunicações Vinicius Marchese, e pelo presidente do Crea-ES, Engº Agrônomo Jorge Silva, foi também citado pela ministra. “Tem a ver com as rotas de integração sul-americana. Tem a ver com o sonho muito antigo do Brasil, da integração com a América do Sul como um todo. Temos 200 milhões de sul-americanos e 200 milhões de brasileiros que estamos de costas uns dos outros. Perde todo o país com isso. Andando pelo Brasil como candidata e depois elaborando o PPA participativo, fui em quase todas as capitais, ouvimos que Brasil as pessoas queriam, um país desenvolvido, mas justo socialmente, que cuide das mudanças climáticas, mas gere empregos“.
A proposta foi defendida pelos chefes de estado do continente durante o Consenso de Brasília, conduzido em maio de 2023. “Integração com preocupação com o financiamento das medidas para combater as mudanças climáticas. Depois, ouvimos todos os secretários de Fazenda e Planejamento e, a partir daí, fizemos o mapa da integração sul-americana, entre todos os estados e para todos os países. E apresentamos esse mapa das rotas de integração. Conversamos com todos os ministros, apresentando o plano. E conseguimos fazer uma carteira que, sem os senhoras e senhoras, não vamos conseguir implementar. Precisamos de logística para isso“, disse, informando que o BNDES financiará os estados. “A partir daí, falamos com todos os ministros de Fazenda e presidentes de bancos. Todos estão interligados para que a gente pudesse dar vazão a essas rotas“.
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