Estopim da incipiente crise foi a rejeição à urgência de um decreto legislativo para tentar sustar limitações no uso de armas – a pauta é defendida por bolsonaristas
A ala bolsonarista do PL na Câmara dos Deputados vai pressionar o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, a punir os deputados da sigla que faltaram ou votaram contra o requerimento de urgência à proposta legislativa que tentava derrubar o decreto de Lula sobre acesso de civis a armas, matéria do Antagonista.
Ao longo da semana, a bancada bolsonarista conseguiu convencer Lira a pautar o requerimento de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que tentava sustar o decreto presidencial, publicado em julho, sobre a redução do número de armas e munições que poderão ser adquiridas por civis, incluindo os chamados Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs).
A estratégia da oposição ao petista era tentar aprovar, quanto antes, esse PDL.
O problema é que na votação em plenário o pedido de urgência foi rejeitado por insuficiência de votos. Eram necessários 257 votos a favor do pedido; foram registrados 254 – três a menos que o mínimo.
Dez deputados do PL ou votaram contra, faltaram ou se abstiveram da votação. Votaram não os deputados Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) e João Carlos Bacelar (PL-BA); se abstiveram, Eli Borges (PL-TO) e Henrique Junior (PL-MA); e faltaram à sessão os parlamentares Capitão Augusto (PL-SP), Fernando Rodolfo (PL-PE), Samuel Viana (PL-MG), Silvio Antonio (PL-MA), Tiririca (PL-SP) e Wellington Roberto (PL-PB).