O setor que não fica imune a tendência de aumento nos preços é a contratação de planos de saúde. Em meio a tentativas de cortar despesas, muitos optam por cancelar ou suspender esse tipo de serviço. Isso porque, outras despesas essenciais estão exigindo a prioridade financeira dos brasileiros, com a crise econômica que assola o Brasil atualmente.
Conforme dados recentes da ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar], em fevereiro do ano passado, mais de 8,8 milhões de brasileiros estavam cobertos por planos de saúde individuais ou familiares. No mesmo período deste ano, no entanto, houve uma queda nesse número, com cerca de 98.946 brasileiros deixando de contar com esse tipo de assistência.
Situações divergentes
No estado da Bahia, um cenário diferente se apresenta. Em fevereiro de 2023, aproximadamente 1.662.891 baianos possuíam plano de saúde, enquanto neste ano o total subiu para 1.687.675.
Apesar desse aumento localizado, o alto custo continua sendo um motivador significativo para o cancelamento desses serviços.
Além disso, pessoas de variadas idades buscam a segurança ofertada pelos planos de saúde, especialmente com as dificuldades enfrentadas pelo sistema público de saúde.
Filas de espera e demoras no SUS fazem com que o brasileiro migre para o setor privado. Mesmo assim, com os custos elevados, jovens tem repensado essa opção.
Outros fatores para cancelamento
Fatores de insatisfação vão além dos custos elevados. O desemprego, mudanças nas necessidades de saúde ou na situação financeira, levam os cidadãos a cancelarem seus planos de saúde.
Apesar do alívio nas despesas, o cancelamento do plano de saúde trás consequências negativas. Encontrar novos planos médicos pode ser difícil, além da queda na qualidade do atendimento, essas são algumas das preocupações por quem opta pelo cancelamento dos seus planos.
Além dos consumidores, as empresas que oferecem os serviços também são afetadas pelo cancelamento dos planos de saúde.
Em resposta a essa tendência, a Abramge [Associação Brasileira de Planos de Saúde] enfatiza a importância de avaliar continuamente a qualidade dos serviços prestados, em conformidade com as regulamentações da ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar].