Na toada de críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na última sexta-feira [21/06] que o chefe da autoridade monetária é seu adversário político, ideológico e do modelo de governança da sua gestão. Disse que, quando puder trocar o titular da instituição, no fim do ano, o Brasil voltará “à normalidade”.
“Ele [Campos Neto] foi indicado pelo governo anterior e faz questão de demonstrar que não está preocupado com nossa governança, mas com quem ele se comprometeu. Estamos chegando ao momento de trocar o presidente do Banco Central. Vamos ter que tirar ele, indicar outras pessoas. E acho que as coisas vão voltar à normalidade porque o Brasil é um país de muita confiabilidade”, disse Lula em entrevista à rádio “Mirante News”, do Maranhão.
Lula tem 4 indicados no Banco Central. Só conseguirá obter a maioria das cadeiras em 2025, quando Campos Neto e outros 2 diretores terminam o mandato. Ou seja, a partir de janeiro, o Banco Central será controlado pelo Palácio do Planalto. Uma situação parecida se deu durante o 2º mandato de Dilma Rousseff (PT).
O presidente disse que o “nervosismo especulativo” do mercado financeiro não mexerá com “a seriedade da economia brasileira”.