Caso Marielle: por unanimidade, STF torna irmãos milicianos Brazão e delegado réus

Primeira turma do Supremo aceita por unanimidade denúncia da Procuradoria-Geral por assassinato de vereadora e motorista. Acusados de serem mandantes negam envolvimento no crime

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal aceitou em decisão unânime nesta terça-feira [18/06] denúncia da Procuradoria-Geral da República para tornar réus o deputado federal Chiquinho Brazão [sem partido-RJ], o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 

Os três estão presos preventivamente desde o 24 de março, por ordem do relator do caso, Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, a acusação da procuradoria trouxe fortes elementos que explicitam o elo entre os interesses dos autores com os assassinatos. Os bandidos negam o crime.

Os irmãos milicianos Brazão e Barbosa foram denunciados por participação em homicídio qualificado e em tentativa de homicídio (pela assessora Fernanda Chaves, que estava no carro junto com Marielle e Anderson e sobreviveu). Um policial militar e um ex-assessor de Domingos Brazão também foram acusados de auxiliar no planejamento do crime. Há ainda acusação de organização criminosa.