Os investigadores da PF reforçam haver conexão entre arapongagem e processos que tiram o sono de Jair Bolsonaro.
A operação que foi deflagrada nesta quinta [11/7] pela PF na investigação sobre esquema de monitoramento ilegal por meio da Abin [Agência Brasileira de Inteligência], tem o poder de deteriorar a situação do ex-presidente e de militares da mais alta patente.
A PF solicitou ao ministro do STF Alexandre de Moraes o compartilhamento de provas produzidas em outras três investigações que se converteram em uma tremenda dor de cabeça para Bolsonaro: os inquéritos das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais. O ministro do STF acolheu a solicitação.
Os investigadores da PF apontam uma conexão entre os procedimentos. Segundo a PF, as ações clandestinas da Abin Paralela situam-se, em potencial, “no nexo causal dos delitos que culminaram na tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito“.
Um robusto parecer da Procuradoria-Geral da República confirma essa tese, sob o argumento de que a estrutura infiltrada na agência seria “apenas uma célula de uma organização criminosa mais ampla, violtada ao ataque de opositores, de instituições e de sistemas republicanos“.