Credores aprovam permanência do curso de Medicina na Ulbra

Em Assembleia Geral realizada na última semana, os credores da Aelbra, mantenedora da Ulbra, aprovaram, por maioria, modificações no Plano de Recuperação Judicial. A principal modificação neste plano, em relação ao anterior aprovado em novembro do ano passado, é a retirada do item que criou a UPI Umesa (Ulbra Medicina SA) e que previa a alienação do curso de Medicina por meio de leilão. Desta forma, o curso de Medicina da Ulbra em Canoas, que existe há mais de 30 anos, permanecerá com a Aelbra. Trata-se de um passo importante no projeto de reorganização da instituição, em busca da sustentabilidade e da viabilidade econômica.

É uma excelente notícia para a comunidade acadêmica e para a sociedade gaúcha. Sempre afirmamos que o curso de Medicina permaneceria em Canoas, onde já formou milhares de excelentes profissionais na área da saúde. E agora, além de prosseguir em Canoas, o curso de Medicina permanecerá com a Ulbra. Não mais será vendido“, afirma Carlos Melke, presidente da Aelbra.

Essa era a principal exigência da Fazenda Nacional para reabrir as negociações em torno dos débitos tributários. “A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional agora está aberta para fazermos uma composição em busca do equacionamento da dívida tributária que a instituição tem com a União. Estou confiante em uma solução definitiva para a recuperação judicial“, destaca Melke.

Outra importante modificação diz respeito a um aumento da ordem de R$ 39 milhões nos valores destinados à classe 1 da recuperação judicial, a trabalhista. Do primeiro para o segundo plano, esse valor saltou de R$ 267 milhões para R$ 361 milhões. Agora, foi aumentado para R$ 400 milhões.

Sempre tivemos um olhar diferenciado para essa classe, que é a mais sensível. E só temos a agradecer a todos os colaboradores que elevaram a Ulbra a um patamar de excelência no ensino, neste ano avaliada com a nota máxima pelo MEC e reconhecida como uma das melhores universidades privadas do país“, conclui Melke.