Deputada Carla Zambelli presa na Itália: o que sabemos

Deputada licenciada foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão de sistemas do CNJ e inserção de supostos documentos falsos

Justiça italiana decidiu na última sexta-feira (1º) que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) vai continuar presa durante o processo de extradição para o Brasil.

A deputada, que está detida no presídio feminino de Rebibbia, passou por uma audiência de custódia na Corte de Apelação de Roma. A informação foi confirmada pelo embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, e por integrantes da PF (Polícia Federal).

Quando Zambelli foi presa?

Zambelli foi presa na última terça-feira (29) em Roma após ser monitorada e ter seu novo endereço descoberto.  

A deputada foi levada para uma delegacia pela polícia italiana.

Por que Zambelli foi condenada?

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou Zambelli por unanimidade em 14 de maio a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos.

Os ministros também condenaram o hacker Walter Delgatti a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Além da pena de prisão, Zambelli e Delgatti precisam pagar uma indenização de R$ 2 milhões.

A Corte também determinou a perda do mandato da deputada.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusou os dois em fevereiro de atacarem sistemas do CNJ para incitar atos antidemocráticos.

A investigação apontou que eles inseriram supostamente documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Conforme a denúncia da PGR, Zambelli teve “papel central” na invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ e foi a “autora intelectual” do ataque hacker.

Zambelli pode ser extraditada para o Brasil?

Sem prazo para ser finalizado, o processo de possível extradição da deputada federal licenciada  passa por inúmeras etapas no governo da Itália e na Justiça do país antes de ser aceito ou negado.

O Ministério do Interior, equivalente ao Ministério da Justiça brasileiro, recebeu do Farnesina — que é responsável pelas questões diplomáticas — o pedido de extradição do Brasil em 12 de junho. Após análise, distribui a um tribunal.

Após a prisão da deputada, para fins extradicionais, o tribunal que tiver recebido o pedido avalia a existência de condições de extradição, analisando documentação e a condenação pelo crime de invasão de dispositivo eletrônico.

Depois da decisão do tribunal, aceitando ou negando, o processo volta ao Ministério do Interior, que informa a Farnesina, que comunica a Embaixada do Brasil na Itália.

A partir daí, se for autorizada a extradição, o processo entra na fase logística, em que ela é levada ao Brasil.

A Polícia Federal entra nessa fase para ir até a Itália buscar a deputada. Se o pedido for aceito, os agentes definirão se a extradição será em voo comercial ou em aeronave própria da PF.

Será que o governo italiano não vai lembrar do Caso Cesare Battisti (aquele terrorista assassino)??? Dizem que o terrorista apanha igual cachorro vira-latas na masmorra que foi preso. Ele foi condenado à prisão perpétua na Itália por crimes cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Vai passar o resto da sua vida na masmorra (na pior cadeia da Itália). Na Itália existe justiça, viu?

O governo Lule não pode fazer nada para ajudá-lo, viu? A Itália sabe que atualmente somos uma República de Bananas, viu?