O tenente-coronel Mauro Cid teria afirmado em delação premiada que a estrutura de propagação de notícias falsas e ataques a adversários do então presidente Jair Bolsonaro (PL) era comandada pelo vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente. A informação é do portal Uol.
Segundo informações exclusivas do jornalista Aguirre Talento do portal Uol, Mauro Cid também teria vinculado o próprio Jair Bolsonaro ao chamado GABINETE DO ÓDIO, que era composto por assessores e funcionava dentro do Palácio do Planalto.
No depoimento, o ex-ajudante de ordens da presidência teria dito ainda que o então presidente usava o próprio telefone celular para repassar notícias mentirosas, ataques às urnas eletrônicas e ofensas a autoridades públicas, incluindo ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A afirmação vai ao encontro de conclusões anteriores da PF, que encontrou mensagens enviadas por Jair Bolsonaro no telefone celular do empresário Meyer Nigri. Os textos eram compostos por notícias falsas sobre temas como a vacina contra a covid-19 e ofensas ao judiciário brasileiro.