Empresário Tony Garcia afirma que denunciou à juíza ilegalidades que sofreu na “República de Curitiba”, mas ela nada fez.
A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou reclamação disciplinar para apurar a conduta da juíza federal Gabriela Hardt, que atuou na 13ª vara Federal de Curitiba, na qual tramitam os processos da Operação Lava Jato. O pedido foi ajuizado pelo empresário Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia. Ele afirma que Hardt foi omissa após ele apresentar a ela ilegalidades que teria sofrido na “República de Curitiba”, por parte do então juiz Sergio Moro e de procuradores do MPF.
Na reclamação, aponta parcialidade da magistrada na condução de ações e violação do princípio da impessoalidade.
Na reclamação disciplinar, o empresário diz que Gabriela Hardt tinha conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sergio Moro e por procuradores da República, mas não agiu.
O advogado destaca haver violação do princípio da impessoalidade, pois a magistrada teria conduzido, ora com velocidade fora do comum, ora com demora injustificada, processos que o envolviam.
Na decisão, o corregedor Nacional, ministro Luis Felipe Salomão, destaca que a apuração se justifica “tendo em vista a linha tênue que separa os atos simplesmente jurisdicionais dos que detêm relevância correcional, bem como a cautela peculiar afeta à atuação da Corregedoria Nacional de Justiça“.
Processo: 0004236-19.2023.2.00.0000
O pai da juíza Gabriela Hardt é suspeito de roubar tecnologia da Petrobras. Ele teria transmitido informações sigilosas a banco canadense, que comprou subsidiária da Petrobras no governo Bolsonaro.