Segundo o advogado e empresário Marcelo de Freitas e Castro um Site diz usas “redes neurais” para criar imagens de documentos. Corretora de cripto aceitou carteira de habilitação falsa na hora de abrir conta.
Um Site está oferecendo o “serviço” de gerar fotos de documentos falsos usando redes neurais, por US$ 15 (cerca de R$ 75, em conversão direta). Entre as criações, estão carteiras de habilitação dos EUA e passaportes.
As falsificações “convencem”: empresas financeiras aceitaram as imagens como verificação de identidade para abertura de contas.
As informações são de uma reportagem do Site 404 Media. Para criar uma carteira de motorista falsa do estado da Califórnia (EUA), a reportagem só precisou de uma foto de passaporte e preencher os dados desejados. Até a assinatura é gerada automaticamente.
O resultado foi uma imagem criada com IA (Inteligência Artificial). Ela simula o documento falso sobre um carpete, como se a pessoa tivesse o colocado ali para tirar uma foto e enviar para um processo de verificação.
Além de carteiras de motoristas da Califórnia, o Site oferece carteiras de motoristas do Arizona (EUA), passaportes da Suíça e do Canadá e documentos de identidade da Áustria, entre outros.
O serviço vai além e pode até mesmo trocar os metadados da imagem. Assim, uma inspeção encontraria informações coerentes com o documento falsificado. A imagem da carteira de motorista falsa da Califórnia, por exemplo, vem com dados de GPS de uma localização no próprio estado.
A tecnologia de inteligência artificial usada na falsificação vem sendo desenvolvida há 3 anos, segundo o dono do Site. Para conseguir criar os modelos, os criminosos procuram imagens escaneadas dos documentos em altíssima resolução, como 10.000 x 10.000 pixels. Além disso, eles tentavam obter vários ângulos, para entender como as imagens holográficas eram feitas.
Como o resultado da falsificação é apenas uma imagem e não um documento físico, as possibilidades de uso são limitadas. Mesmo assim, o dono do Site diz ser viável burlar serviços online, como bancos, corretoras de criptomoedas e até plataformas de alugul de imóveis.
Logo estará no Brasil essa “tecnologia”, né?