Medicina da Ulbra aposta em formação docente inovadora

Professores têm curso com grupo que está entre os seis melhores do mundo

O curso de Medicina da Ulbra Canoas passa por um momento inédito. São várias iniciativas da Aelbra, mantenedora da Instituição, para consolidar uma comunidade de aprendizagem eficaz e inovadora. Está sendo construída nova matriz curricular conectada com as diversas demandas científicas e epidemiológicas e que, ao mesmo tempo, dialoga com os estudantes. O corpo docente passa por qualificação para aplicar ferramentas pedagógicas com modernas tecnologias. O Curso de Desenvolvimento Docente é coordenado por um grupo da Universidade de São Paulo (USP) considerado um dos seis mais eficientes do mundo pela Associação Europeia de Ensino na Saúde (AMEE). As aulas terminaram neste sábado (02/03) e, ao mesmo tempo, foi lançado o Curso de Formação Docente Continuada.

O curso ocorreu em encontros presenciais e remotos que começaram em agosto de 2023 e encerraram neste sábado, com um dia inteiro de discussões, no Prédio 06 do campus da Ulbra Canoas. A formação continuada, explica o diretor do curso de Medicina da Ulbra, professor doutor Marcelo Guerra, é uma tarefa extremamente complexa, diante do dinamismo dos modernos sistemas de ensino de alta qualidade.

Eixos e subeixos pedagógicos

Estamos reconstruindo nossa matriz curricular. As sequências de disciplinas ou unidades curriculares, baseadas em eixos e subeixos pedagógicos, estão sendo revistas“, relata Guerra. Essa reconstrução é coordenada pelo professor José Knopholz, decano da PUC-PR, especialista nesse tipo de reestruturação e que foi contratado pela Aelbra para essa importante tarefa, acrescenta o diretor. “O método proposto foi o de Design Thinking e um grupo de 29 professores do nosso curso está, desde agosto de 2023, trabalhando com esse objetivo“, pontua.

Conforme o diretor Guerra, “é preciso dialogar com os estudantes, que são muito exigentes em relação à qualidade dos aportes teóricos e práticos. Nesse sentido, a Aelbra também contratou professores da USP para ministrar in company um curso de formação docente.”  A coordenação é dos professores Milton Martins e Patrícia Tempski, do Centro de Desenvolvimento de Educação Médica (Cedem) da Faculdade de Medicina da USP. Esse grupo, afirma Guerra, “é considerado um dos seis mais eficientes do mundo pela AMEE”. 

Preparação qualificada dos médicos

A pró-reitora Acadêmica, professora doutora Adriana Ziemer Gallert, enfatizou que “esse curso de formação é bem focado na questão da aprendizagem do docente que atua na Medicina para a preparação altamente qualificada dos médicos que a Ulbra vai entregar para a sociedade”. Ela acrescenta que essa atividade integra o processo de formação docente da Ulbra e que é fundamental para o desenvolvimento da proposta pedagógica da Instituição.

O professor precisa sempre compreender que o trabalho com a docência demanda competências específicas para o exercício dessa atividade. Profissionais formados em diversas outras áreas, inclusive a Saúde, precisam também ter uma capacitação relacionada às questões pedagógicas”, explica Adriana. “Isso qualifica a atuação na prática docente em relação a desenvolver estratégias de trabalho que possibilitam que o aluno tenha as competências que o futuro profissional precisar ter“, enfatiza a pró-reitora.

“A arte da cura””

O movimento de formação de professores de Medicina, proporcionado pela Ulbra, fortalece o propósito da Instituição de oferecer um ensino qualificado e de excelência“, enfatiza o reitor Thomas Heimann. Ele acrescenta que a iniciativa “gera desenvolvimento e aprendizado no nosso corpo docente que certamente impactará no aprimoramento de todo o processo acadêmico-pedagógico do curso de Medicina.

Desenvolvimento e aprendizagem são palavras fundamentais quando falamos do mundo profissional, afirma o reitor. “É fato que o exercício da profissão médica, mais do que uma ciência, é considerada uma complexa arte. Assim como ´a arte da cura´ exige múltiplas competências do profissional que almeja excelência e sucesso, também o exercício da docência não deixa de ser uma arte complexa“, conclui Thomas Heimann.