Desvalorização do dólar no exterior, juros locais elevados e balança comercial positiva favorecem real. Para especialistas, ainda há espaço para novas baixas
O dólar tem dado continuidade ao seu movimento de desvalorização no final do ano, mesmo em uma época que costuma ser marcada pela saída de fluxo, o que tenderia a se refletir em pressão sobre o câmbio.
A desvalorização do dólar era esperada como um dos temas centrais de 2023, segundo muitos economistas, mas isso só se concretizou nos últimos dois meses.
De fato, os mercados e o Federal Reserve (Fed, banco central americano) demoraram para se convencer de que a desinflação estava em curso. Porém, o avanço rápido das expectativas de corte de juros desde novembro anulou boa parte dos ganhos que o dólar havia acumulado no ano.
Também é importante considerar que os mercados já estão antecipando que a queda do dólar será o tema principal no mercado cambial no próximo ano, baseando-se na avaliação das taxas e dos bancos centrais nas últimas semanas. Dessa forma, uma virada do dólar seria uma surpresa que poderia levar a uma retomada forte da alta.
Os especuladores (que são uma cambada de parasitas) que se cuidem, viu?