O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou, hoje, a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da Minoria. Com isso, as faltas passam a ser contabilizadas e ele pode ser cassado. As informações são do portal Poder360.
Se um deputado faltar, sem apresentar justificativa, a mais de 1/3 das sessões, fica sem a vaga na Câmara. Segundo os registros da Casa, de um total de 37 dias com sessões deliberativas realizadas em 2025, Eduardo acumulou 23 dias com ausências não justificadas, o que representa 62,16%.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está morando nos EUA desde fevereiro. Em 18 de março, ele pediu uma licença, que chegou ao fim em 20 de julho. A indicação como líder da Minoria foi feita em 16 de setembro pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) para que Eduardo não perdesse o mandato.
Isso porque há uma medida que garante isenção aos líderes partidários de ter de justificar as suas ausências. Esse instrumento foi publicado em 5 de março de 2015, em ata da Mesa Diretora da Câmara, quando Eduardo Cunha era presidente da Casa.
A decisão de Motta se dá 1 dia depois de os EUA anunciarem mais uma leva de sanções, baseadas na Lei Magnitsky, contra autoridades brasileiras, além da mulher do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes. As sanções são consideradas uma consequência direta das atividades de Eduardo junto à Casa Branca.
Conforme a Procuradoria Geral da República (PGR), oito ministros do STF tiveram seus vistos revogados. O governo dos Estados Unidos ainda revogou o visto do ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias.