Na Ulbra, união dos três poderes discute reconstrução do RS

Secretário, governador e prefeitos participam de evento sobre enchentes

Dois meses após o auge das cheias que atingiram o Rio Grande do Sul, é chegado o momento de discutir soluções para que a sociedade e a economia do Estado possam voltar a avançar, principalmente no que diz respeito ao que deve ser feito para que este cenário não volte a acontecer. A Universidade Luterana do Brasil [Ulbra] se coloca à disposição das autoridades e entidades. Na última segunda-feira [08/7], o campus Canoas sediou o seminário Desafios da Região Metropolitana: O que fazer após a maior enchente da história do RS.

Realizado pelo Grupo Sinos, o evento contou com a participação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do secretário-executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen, além do prefeito Jairo Jorge e do deputado federal Luis Carlos Busato [as duas maiores lideranças políticas de Canoas] e demais prefeitos da Região Metropolitana e técnicos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, do CREA/RS, do CAU/RS, da Sociedade de Engenharia e do Comitesinos.

Em pauta, as propostas de cada ente para que a tragédia de maio não volte a se repetir. As ações também foram listadas em documentos entregues previamente pelos painelistas, e formarão o caderno do “Pacto contra enchentes na Região Metropolitana“, assinado pelos participantes e entregue aos governos federal e estadual para ações futuras.

O Grupo Sinos escolheu a Ulbra como local para o evento em reconhecimento pelo trabalho da Universidade durante as enchentes. Da noite para o dia, 7,8 mil pessoas passaram a viver no campus, acompanhadas de 3 mil animais de estimação, muitos deles atendidos no Hospital Veterinário. A escolha também foi feita em solidariedade ao município de Canoas, que foi gravemente atingido, tendo contabilizado 70 mil imóveis atingidos e mais de 30 mortes.

Na abertura do evento, o reitor da Ulbra no Rio Grande do Sul, Thomas Heimann, destacou a atuação da Universidade em prol da comunidade. “Deixamos em segundo plano a nossa atividade-fim, de oferecer à sociedade uma educação de excelência, para exercer a função primeira e principal de qualquer instituição de ensino, que é acolher e estar a serviço das comunidades onde estamos inseridos. A Ulbra, quando chamada pelos órgãos públicos, não hesitou em abrir as portas para acolher milhares de refugiados climáticos da nossa região“, destacou Heimann.

União dos três poderes

A participação de diferentes autoridades reflete a união em torno da reconstrução do Rio Grande do Sul. O secretário-executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen, classificou a oportunidade como “um momento importante para encontrarmos o caminho para melhorar a qualidade dos diques, a situação das bombas e, junto com isso, obviamente, pensar no futuro, no meio ambiente e tratar como a gente pode evitar tragédias como essa.”