O importante trabalho dos militares desde o primeiro momento da catástrofe no Rio Grande do Sul

No dia 30 de abril, o comandante do Exército, Tomás Paiva, estava em Santa Maria (RS), onde serviu no início da carreira. Ele estava lá por acaso. Havia chegado com o ministro José Múcio no dia 29, para acompanhar um exercício militar na Brigada de Santa Maria. Este específico exercício tem o nome de “Apronto Operacional da Força de Prontidão”. Nele, 1.500 militares simularam a preparação para uma missão iminente. Na ida, quando estavam chegando, caiu um raio no avião. Não houve maiores problemas, mas quando isso acontece a aeronave tem que ser enviada para manutenção e substituída. Logo após o exercício militar, a chuva caiu como se fosse uma parede, descreve quem estava lá. Ficou claro que não era uma chuva normal. O avião que pegaria o ministro e o comandante teve dificuldade de pousar na tarde daquele dia. A missão para a qual as tropas haviam se preparado, em simulação, começaria imediatamente.

Apesar das fakes news criminosas, o Exército brasileiro teve [e ainda está tendo] um papel decisivo na áreas atingidas pelas terríveis enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Os plantadores de fakes news serão devidamente identificados no momento oportuno.

Quando desabou o aguaceiro, as equipes que foram fazer o religamento de energia ou, em casos de risco, o desligamento da rede elétrica para evitar acidentes, se deslocaram nesses blindados. O anfíbio entrava, parava debaixo do poste e de lá saíam as equipes para manutenção da rede elétrica.

São 11 mil militares do Exército no Rio Grande do Sul, 17.200 somando os das três forças, num total de 33 mil militares, policiais e agentes envolvidos, incluindo os integrantes da Defesa Civil. A tropa de engenharia foi convocada para ajudar na logística. Já foram instalados sete pontos de travessia, e dois estão em operação, de pontes e passadeiras até o tráfego por botes. Tudo que permita às pessoas atravessarem os rios e os grandes alagamentos. As Forças Armadas têm hoje 1.200 viaturas no Rio Grande do Sul, 120 lanchas e botes. Todos os blindados sobre rodas que estavam em pontos diferentes do estado estão sendo usados, cinco hospitais militares de campanha foram instalados — o quinto chegou ontem para a região de Porto Alegre— de um total de onze que o governo tem no estado. Há nove helicópteros em atividade só do Exército, um deles foi levado de Belém. Ao todo, atuam no estado 60 aeronaves. A Marinha levou um navio e tem outro a caminho. A mobilização está em outras partes do país.

Ontem [20/5] o general Tomás estava em São Leopoldo, na sexta viagem dele ao estado desde o começo da crise gaúcha. Falei com o ministro José Múcio, mas ele logo encerrou a conversa para ir se encontrar com o governador Eduardo Leite. O que se diz no Exército, quando se pergunta sobre essa mobilização, é que o comando é integrado, unindo civis, militares, agentes governamentais, com rotinas de briefings, sempre às 11h da manhã, para saber o andamento do trabalho. “Não tem protagonismo de ninguém, é um centro de operações em que todos participam”, informou o Centro de Comunicação do Exército.

O certo é que o EXÉRCITO BRASILEIRO está realizando um trabalho exemplar para amenizar o sofrimento de dezenas de milhares de gaúchos.