A Prefeitura de Porto Alegre através do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) concluiu a primeira etapa da elevação do dique do Sarandi à cota de 5,8 metros. O trecho de 1,1 quilômetro entre as Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) 9 e 10 foi reforçado -com argila de jazidas pré-selecionadas – a um patamar acima do registrado durante a cheia de maio.
Com isso, neste dique, a obra emergencial segue pendente apenas da elevação da cota na área que, atualmente, é irregularmente habitada. Além disso, o Dmae trabalha na elevação do dique que contorna a sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) – onde os serviços, iniciados em 30 de agosto, devem se estender até o primeiro trimestre de 2025.
“Seguimos atuando, com força total, para honrar o compromisso que firmamos com a comunidade ao fim da enchente. A obra emergencial é fundamental para dar segurança, no curto prazo, aos moradores do bairro Sarandi. Todas as etapas foram concluídas conforme o esperado”, afirma o diretor-geral interino do Dmae, Darcy Nunes dos Santos.
As intervenções no dique do Sarandi serão retomadas quando for concluído o reassentamento das famílias que vivem sobre a estrutura do sistema de proteção contra cheias. O processo é liderado pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab), por meio dos programas Compra Assistida e Estadia Solidária.
“Confiamos no entendimento dos moradores para que haja a retirada das famílias da maneira mais tranquila possível, com o objetivo que a obra chegue ao local o quanto antes,” ressalta o diretor-geral do Demhab, André Machado.
Obras definitivas – Ao fim das obras emergenciais, que elevarão os diques da Zona Norte a cotas superiores à marca de 5,5 metros, o Dmae fará intervenções definitivas, com o objetivo de aumentar a proteção para 7 metros. A proposta leva em conta o projeto original das estruturas, elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) entre as décadas de 60 e 70.
Os estudos de engenharia que darão base à obra estão em elaboração desde agosto. Eles incluem diversas técnicas de sondagem – como, por exemplo, à percussão e por eletrorresistividade. O objetivo é aferir a capacidade de suporte do solo em relação ao dique, que passará por aterramento e elevação de nível. Antes das intervenções, a cota era variável entre 4 e 4,5 metros.