Empresa que criou o biodiesel afirma que custará 50% a menos do que o diesel verde e será uma solução mais rápida para quem precisa descarbonizar a frota
A Be8, empresa global de energia renovável, criou um biocombustível que pode proporcionar solução imediata para a descarbonização da frota de caminhões. Batizado de BeVant, o combustível é renovável e passa por um processo duplo de purificação. Assim, pode substituir totalmente o diesel. Ou ser adicionado como mistura.
A empresa garante que a tecnologia pode antecipar vários benefícios do “diesel verde“. Entretanto, com condições comerciais mais competitivas. Dessa forma, o novo biodiesel terá um custo 50% inferior em relação ao diesel no mercado internacional.
Conforme a Be8, o biodiesel é ideal para empresas transportadoras. Sobretudo as que consomem grandes volumes de óleo diesel nas operações. E que querem reduzir emissões a curto prazo.
Segundo o presidente da o novo biodiesel chega em um momento extremamente oportuno. Afinal, as empresas buscam meios para cumprir os compromissos de sustentabilidade. E, assim, zerar a emissão de carbono.
Para Battistella, os biocombustíveis são o caminho mais realista. Segundo a Anfavea, associação das montadoras no Brasil, 99,55% dos caminhões com três anos são a diesel. Ou seja, modelos a eletricidade e a gás não somam 1.500 exemplares. “Por isso é uma solução imediata. E que não depende de investimento em infraestrutura. Ou troca de motor, como no caso do hidrogênio, biometano e elétrico”, justifica Battistella.
Solução imediata para a descarbonização dos caminhões?
A empresa investiu R$ 80 milhões em pesquisas e desenvolvimento. E na ampliação de uma linha de produção na fábrica localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.A unidade tem capacidade de produzir 150 milhões de litros de biodiesel por ano.
Novo biodiesel é feito com óleo vegetal
O biodiesel é um combustível biodegradável feito de fontes renováveis. Ou seja, pode ser extraído a partir de gorduras animais. Bem como de óleos vegetais. Entre as opções de matérias primas estão a mamona, a palma e o girassol, além do babaçu e da soja. Por 50 anos, o Brasil faz pesquisas com esse tipo de combustível. Além disso, promoveu testes para tentar tornar o produto viável. A ideia era criar um combustível que pudesse substituir o diesel.
Contudo, somente em 2002 surgiu um programa de substituição do derivado do petróleo. O “Probiodiesel” previa que, até 2005, o diesel teria 5% de biodiesel. Mas, nesse meio tempo, o País criou somente a lei de 2008. Esta obriga a mistura de 2% de biodiesel no óleo.